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Saúde na cidade de Alberto Silva (Betto) está pedindo socorro

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Alberto Silva, o Beto, pré-candidato a deputado federal pelo PTB na cidade de Poços de Caldas, tem demonstrado historicamente em suas redes sociais uma grande preocupação com a saúde da cidade. Afirma ele:

“…A saúde da cidade de Poços de Caldas está doente…”

Faz tempo, a população percebe e compara a realidade com a necessidade, sofrendo, essa mesma população, ao experimentar o desrespeito imposto, isso para não dizer do desespero das pessoas em filas de postos de saúde, da falta de medicamentos e de médicos. Agora o motivo maior de preocupação começa a tomar forma como um pesadelo real, qual seja, a abertura, pelos vereadores da cidade, de uma investigação para apurar possíveis irregularidades em contratos de compras e eventual má aplicação do dinheiro público recebido do Governo Federal, recursos esses, destinados a combater os efeitos da pandemia. Reitere-se nesse contexto a maior preocupação do Alberto, razão pela qual vem relatando, ponto a ponto, como as possíveis irregularidades ocorreram, com o intuito de lançar mais luz e transparência, capazes de desenrolar toda essa situação.

Indagado sobre suas iniciativas em defesa da população brasileira, em especial, como morador da cidade de Poços de Caldas, muito preocupado com o bem estar da população local e região, Alberto Silva (Beto) assim respondeu:

“…

Eu acompanho de perto há 15 anos aqui em Poços de Caldas, todos os problemas da cidade. Sim, não tenho medo de dizer que são todos os problemas. Tudo teve início de forma despretensiosa, mostrando um buraco que estava numa rodovia, uma escola abandonada, para logo a seguir, essas ações se transformarem em algo muito maior e comparável a uma profissão. Há de fato coisas que devemos fazer com o coração, porque muitas pessoas, a maioria delas, são aquelas invisíveis e destituídas de vozes, não podem gritar, não têm eventualmente redes sociais e em muitos casos pertencem a famílias classificadas como sendo de baixa renda. Essas pessoas me procuram chamando pelo telefone nos sábados, domingos e feriados, em vários horários inclusive de madrugada, como se eu pudesse ofertar uma espécie de esperança, capacidade de socorrer, minorar ou buscar uma solução. Penso, mesmo modestamente, que isso é porque tenho demonstrado e passado confiança às pessoas. Elas confiam em mim e isso me motiva a prosseguir determinado.

Com o advento da pandemia, de modo absoluto, a saúde pública passou a ser motivo de preocupação ainda maior, principalmente levando-se em conta a quantidade de recursos disponibilizados para a saúde. A forma como foram investidos na cidade os cerca de 80 milhões de reais, segundo consta no Portal da Transparência da cidade de Poços de Caldas e ainda doações de empresas agregando valor ao montante para o combate à pandemia, não é assunto a ser esquecido ou tratado com irresponsabilidade. Poços já possuía antes da pandemia um hospital pronto, referindo-me à estrutura de obras chamado Hospital da Zona Leste. Não se trata ainda hoje de hospital totalmente equipado, faltam equipamentos de saúde, UTI bem montada, entre outras tantas carências indiscutíveis. Ao invés de equipar esse hospital com todo o recurso disponibilizado para a saúde, o Prefeito Municipal e o secretário de saúde preferiram alugar um local particular, reconhecido também como um “hospital abandonado”. Com investimento gigantesco, foi necessário grande aparato de recursos, maquinários, logística e pessoas para colocar aquele hospital abandonado em funcionamento, transformando-o em hospital de campanha, em detrimento do Hospital da Zona Leste. Ato contínuo, notadamente do conhecimento de todos e para minha grande surpresa o referido prédio de campanha, já no finalzinho da pandemia foi colocado a leilão. Resumindo enfaticamente, um prédio particular recebeu recursos públicos para posteriormente ser leiloado, aproximadamente, por algo em torno de R$ 19 000 000,00 (Dezenove milhões).

A pergunta que fica é:

Por quais motivos o Prefeito Municipal e o secretário de saúde não investiram todos os recursos no Hospital da Zona Leste, ao invés de “gastar” dinheiro público em imóvel particular?

Isso é algo que precisa ser muito bem explicado.

Hoje, praticamente no final da pandemia, nós os Poço-Caldenses poderíamos contar com o Hospital da Zona Leste transformado em um hospital de ponta, revigorado para atender as emergências pandêmicas como se fosse um hospital de campanha e ao mesmo tempo mantido como um legado da saúde pública para a população no pós-pandemia, afinal outros desafios virão e isso não foi feito. Perdemos a oportunidade de fazê-lo, mas não a determinação para investigar e responsabilizar os faltosos, caso se confirmem eventuais suspeitas de irregularidades, desvios de dinheiro ou má administração.

Qual afinal é o legado pós pandemia? Permanecem as filas nos postos de saúde em Poços de Caldas, são elas intermináveis todos os dias. Não tem especialistas disponíveis, equipamento de raios-x, ultrassonografia e tantos outros. Conseguir uma consulta com especialista em fila quilométrica, impõe meses e até anos de espera. Essa é uma realidade em diversas cidades do Brasil, mas as cores fortes nos tocam mais de perto na vizinhança, é o que vejo nos olhares dos conterrâneos. Costumo dizer, nas minhas redes sociais locais, inclusive e principalmente o seguinte:

“O que os olhos veem o coração sente”

Quando me deparo com notícias perturbadoras distantes, o sentimento de solidariedade me alcança sem dúvida, torço para as coisas ruins e complicadas melhorarem, torcemos todos. As situações dolorosas na minha cidade e próximas de todos nós exigem não apenas solidariedade sentimental, antes disso, exigem ação, as mais das vezes solicitadas diretamente.

Como eu disse no início as pessoas me ligam. Não faz muito tempo um senhor de idade, cuja identidade vou preservar, me ligou altas horas em pranto, pedindo socorro, relatando ter sido internado duas vezes em certo Hospital da Cidade e nas duas ocasiões a sua cirurgia foi suspensa. Ele não aguentava mais de dor, tendo dito:

“…Eu sou motorista e se não operar não consigo nem trabalhar…”

Passei a mão no telefone, liguei para um dos diretores do hospital aqui da cidade e disse:

Olha, não pretendo levar esse caso para as redes sociais, mas preciso que isso seja resolvido ou levarei esse escândalo ao conhecimento das pessoas. O caso foi atendido. Cinco dias depois ele já estava na sala de recuperação e agradeceu, quando então disse-lhe para agradecer a Deus, pois sou apenas um interlocutor.

Percebam, estou apenas pincelando superficialmente os problemas da saúde em Poços de Caldas, onde na própria Câmara dos Vereadores 14 dos 15 titulares assinaram dando início a uma CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito, para investigar possíveis irregularidades de superfaturamento, contratos mal feitos, compras irregulares e quaisquer outros indícios. Para piorar, suspeita-se que o único vereador contra a CPI, faça parte de uma suposta empresa envolvida na venda de recursos da medicina para própria Secretaria de Saúde da qual ele foi secretário.

O que aconteceu com a saúde de Poços de Caldas?

É uma vergonha! Sabem porque é uma vergonha? Nenhum político ou prestador de serviço da Prefeitura de Poços de Caldas, depende necessariamente do sistema de saúde municipal, especialmente os titulares dos altos cargos, Prefeito, Secretário de Saúde e apadrinhados, apelidados de “Barões da cidade”.

Estou aqui gritando em nome daqueles que não podem gritar, pedindo socorro e clemência àquelas pessoas que podem e devem fazer o que lhes compete, a saber, vereadores, ministério público, imprensa, juízes, administradores de empresas, empresários e cidadãos. Não podemos tapar os nossos olhos e fazer de conta que nada está acontecendo. Poços de Caldas está doente. Esta é a frase que tem que ser destacada nos dias de hoje. Poços de Caldas, a cidade está doente. Espero que todos esses problemas possam ser resolvidos o quanto antes porque quem paga o alto preço é o povo sem renda para pagar uma consulta particular e comprar medicamentos com os próprios recursos. É vergonhoso e doloroso constatar que a farmácia pública da cidade de Poços de Caldas, registra diariamente a falta de no mínimo dois ou três medicamentos. Os médicos receitam com liberdade, caso a caso, mas conhecem, não raro, mais de uma opção medicamentosa com o mesmo grau de eficiência. Dito isto a pergunta é:

Seria tão difícil ter um sistema interligado dos postos de saúde para, já na unidade de pronto atendimento, o médico checar a disponibilidade dos medicamentos similares em eficácia e aplicáveis ao paciente? Isso evitaria, em várias ocasiões, o paciente dirigir-se à farmácia pública e sair desolado sem a medicação prescrita, ou seja, sair com um “não” depois de enfrentar uma grande fila.

Poços perdeu a saúde, perde a esperança e a cidade, outrora considerada referência turística nacional, está perdendo a relevância.

É hora de arregaçar as mangas e verificar o que pode ser feito. A população de poços de caldas e região pode ter certeza, vou continuar sendo uma voz a gritar em nome dos que não conseguem gritar. Quem sabe, somente assim, consigamos fazer um apelo forte e uníssono para melhorar a saúde da nossa Poços de Caldas.

Incansavelmente, nos meios disponíveis, usando todos os recursos das redes sociais, o descaso, as vergonhas e as mazelas, cujas responsabilidades recaiam sobre os agentes, gestores do patrimônio público, prefeito, secretário de saúde, permanecerão sendo acompanhadas e expostas. Os responsáveis por tudo isso serão sempre chamados a prestar contas.

…”

Alberto Silva (Beto)

15/05/2022


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