URGENTE: O COQUETEL QUE PODE SALVAR VIDAS

A Anvisa aprovou hoje (13) o uso em caráter emergencial de um novo coquetel de anticorpos para o tratamento de pacientes com covid-19.

O uso combinado dos medicamentos Banlanivimabe e Etesevimabe, da empresa Eli Lilly do Brasil, para casos em estágios iniciais traz benefícios.

Ainda que permaneçam algumas incertezas, foi o que a área técnica e os diretores da Anvisa avaliaram.

Os anticorpos objetivam neutralizar o vírus antes que ele entre na célula.

Com potencial de eficácia maior quando empregados conjuntamente do que no uso individual, conforme análise dos técnicos da agência.

Ao serem utilizados juntos, os dois medicamentos podem reduzir em até 70% a incidência da covid-19, de acordo com as equipes de análise da agência.

Em pacientes que ainda não tenham evoluído para quadro grave e tenham alto risco de progressão, tal combinação resulta em eficácia comprovada.

Pessoas em condições de saúde como idade avançada, obesidade, doença cardiovascular, diabetes mellitus tipos 1 e 2, doença pulmonar crônica, doença renal crônica, doença hepática crônica ou imunossuprimidos se aplica o termo “alto risco”.

Em razão da estrutura disponível e dos profissionais que realizam o procedimento, a orientação é que a aplicação seja feita em hospitais.

Em pacientes com quadros graves, situações em que o coquetel pode agravar o problema a Anvisa não indicou o uso.

O uso emergencial foi autorizado por 12 meses e os remédios não poderão ser comercializados.

Após aberto, não pode ser superior a 24 horas em ambiente refrigerado e sete horas em temperatura ambiente, esse é o tempo de espera máxima para uso do coquetel.

“Durante a emergência de saúde pública, a autorização emergencial é instrumento regulatório para fomentar tempestivamente opções terapêuticas mesmo em face de um produto em desenvolvimento clínico”, declarou a diretora Meiruze Freitas.

“A partir dos dados apresentados, os benefícios conhecidos e potenciais dos medicamentos quando utilizados em uso emergencial superam os seus riscos”, complementou o também diretor Alex Campos.